O futuro pertence á geração do fluxo.
Revista Época Negócios - por Paulo Eduardo Nogueira
Os americanos são pródigos em identificar (ou fabricar) categorias sociais. São baby boomers, millennials, soccer moms ... A mais recente, saindo dos escombros da crise econômica, é a Geração Flux. Mais que uma designação demográfica, trata-se de um estado de espírito para sobreviver no futuro mundo "caótico" dos negócios, na definição de Robert Safian, autor de um perfil desse grupo para a revista Fast Company. O caos, diz ele, vem das mudanças aceleradas na economia, provocadas pela ubiquidade das novas tecnologias digitais e pela globalização. Mudanças demais levam a previsibilidade de menos. O padrão dominante será a falta de padrão, escreve Safian.
Aí entram os GenFluxers, profissionais que abraçam a instabilidade, gostam de recalibrar opções ou modelos de negócios e pensam as carreiras em períodos de quatro anos, e não 40. Um típico GenFluxer já trabalhou na academia ou em governos, foi um empreendedor ou tecnólogo, pode ser um diplomata ou professor. É (e não é) muitas coisas. Para Safian, no futuro o sucesso profissional dependerá dessa capacidade. O problema é que nossas instituições (escolas, governos, empresas) não foram construídas para o fluxo. E poucas carreiras nos treinaram para a era em que a principal habilidade será aprender novas habilidades. Instituições ultrapassadas, carreiras ameaça das, gigantes falindo e modelos de negócios não confiáveis apontam para um futuro sombrio, mas produzem um corolário importante: é o momento de explosão de oportunidades para quem aguentar o fluxo da mudança.