Revista Scientific American
Não se engane: nem sempre escolhemos produtos com base em sua qualidade ou preço. É o que afirma estudo conduzido pelo professor de neurociência e economia Antonio Rangel, do California Institute of Technology, e por pesquisadores da Universidade Stanford; geralmente optamos pelo item em que pousamos o olhar por mais tempo, mesmo que de forma inconsciente.
Voluntários foram orientados a pontuar, de -10 a 10, 70 fotosde guloseimas, como doces e salgadinhos, de acordo com sua preferência. Em seguida, observaram imagens de 100 pares de produtos. Eles deveriam escolher, apertando um botão, o item mais atraente de cada dupla.
Simultaneamente, os pesquisadores registraram, por meio de um equipamento que monitora com precisão o movimento ocular, o tempo levado na observação de cada produto. Os cientistas constataram que a maioria dos voluntários deixou de escolher itens que pontuaram como de sua preferência na primeira fase do experimento. A análise dos movimentos oculares oferece uma possível explicação: os voluntários optaram pelas guloseimas para as quais passaram mais tempo olhando. Outra curiosidade: o último produto observado foi quase sempre o escolhido.