Revista Scientific American
Após uma longa jornada de trabalho, os reflexos ficam mais lentos e a concentração começa a falhar. No entanto, várias pessoas dizem se sentir mais motivadas e ter ideias criavas justamente nesse mornento Neurocientistas da Universidade de Milão, na Itália, afirmam que essa percepção tem causas biológicas - o cérebro privado de descanso torna-se, pelo menos durante algum tempo, mais ativo.
Em estudo publicado na Cerebral Cortex, a equipe coordenado pelo neurofisiologista Marcello Massimini estimulou células cerebrais do córtex frontal de voluntários com uma corrente elétrica transmitida por estirnulação magnética transcraniana não invasiva. Depois comparou as neuroimagens registradas durante o experimento às do cérebro de pessoas que ficaram acordadas por 2,8, 12 e 32 horas. "O cérebro em vigília é mais sensível, e os estímulos são percebidos de forma mais intensa", explica.
Os resultados reforçam a teoria de que, no cérebro privado de e sono, os neurônios estão sempre formando novas sinapses, o que aumenta os registros de atividade cerebral, "apesar de muitas dessas conexões serem irrelevantes", segundo Massimini. O estudo a explica em parte por que pessoas que têm epilepsia são mais propensas a ter convulsões quando privadas de sono e por que pessoas com depressão (que em geral apresentam atividade cerebral mais baixa) costumam relatar melhora dos sintomas depois de passar a noite em claro.